segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Tudo sobre a cultura da fruta do Conde



                                                   
                   


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Orientação para altura de um pomar

                                                     




Método de propagação 

A fruta-do-conde pode ser propagada por via sexuada (sementes) ou assexuada (vegetativa), sendo que a forma mais empregada nos pomares é a sexuada, que apesar de contribuir grandemente para a biodiversidade desta espécie, torna os pomares muito desuniformes em virtude da variabilidade genética entre as plantas. Em pomares de grande importância comercial, a preferência é pela propagação por via assexuada (enxertia).

Propagação por via assexuada 

A propagação por via assexuada, embora seja menos utilizada, contribui para a homogeneidade do pomar. Além disso, esse método permite a floração e a frutificação mais precoces, bem como o plantio em solos não propícios desde que o porta-enxerto seja resistente a doenças como a podridão das raízes. A propagação assexuada pode ser realizada por enxertia e estaquia, sendo a primeira alternativa citada a mais utilizada . Na propagação por enxertia, os produtores do Brasil encontram dificuldades para conseguir porta-enxertos resistentes à podridão das raízes e utilizam a própria fruta-do-conde como porta-enxerto.

 A garfagem lateral e garfagem no topo, borbulhias em escudo, em T invertido, em placa ou em janela aberta são as principais técnicas do procedimento de propagação da fruta-do-conde por enxertia. A eficiência de cada uma delas parece estar relacionada com as condições ambientais como: temperatura, umidade relativa, idade do porta-enxerto, a compatibilidade do diâmetro deles (enxerto e porta-enxerto) e até mesmo a experiência do operador. 

 Propagação por via sexuada

A propagação por sementes ou sexuada, enfrenta problemas no que tange a dormência de sementes: Recomenda-se semear em um período não muito longo depois da coleta da semente para evitar a perda do poder germinativo. Antes de semeá-las, devem ser postas para secar à sombra e só então colocadas para germinar quando a temperatura não estiver baixa, pois esta favorece a dormência das sementes. Caso isso ocorra, o aquecimento das sementes com água quente pode ser uma sugestão para eliminar esse problema. Alternativa técnica para deixar as sementes mais germinativas é deixá-las na água por 24 a 48 horas, na parte baixa do refrigerador, antes do plantio. 

 Manutenção do pomar

A árvore da fruta-do-conde deve ser mantida livre da concorrência de ervas daninhas, para evitar a competição por água e nutrientes, sendo recomendado o coroamento das plantas ou capina na linha de plantio e roçagem no restante da área: A ateira deve ser conduzida em haste única até uma altura de 60 cm, quando então será despontada para estimular a emissão de três a quatro brotações, radialmente distribuídas, em alturas diferentes nos 20 cm terminais do caule. As demais brotações surgidas no tronco serão eliminadas. As brotações selecionadas constituirão as pernadas definitivas da planta, devendo ser despontadas quando atingirem 50 cm, estimulando novamente a emissão de três a quatro brotações. Esse procedimento deve ser repetido até a planta atingir 2 m de altura. A poda de produção é uma etapa importante do cultivo da ata e consiste em podar os ramos que apresentem o diâmetro de um lápis, os quais deverão ser encurtados entre 20 cm e 40 cm de comprimento, deixando-os com quatro a seis gemas. As folhas deverão ser retiradas manualmente desses ramos, visando liberar as gemas que vão brotar (geralmente três ou quatro), que vão emitir os botões florais. Essa prática pode ser feita de uma só vez na planta ou parcelada mensalmente em três etapas em ramos alternados para uma melhor distribuição dos nutrientes e água no crescimento dos frutos. Já a poda de limpeza consiste na eliminação de ramos doentes, secos, praguejados e inclinados para o centro. Essa prática visa melhorar o aproveitamento dos raios solares, aumentar a aeração no interior da planta, facilitar os tratos culturais e fitossanitários, a polinização e a colheita dos frutos, e deve ser realizada logo após a colheita. 

 Irrigação

A irrigação por gotejamento é um método muito peculiar e suas principais características e benefícios estão descritos a seguir:

Aplicação da água - Na irrigação por gotejamento, a água é aplicada de forma pontual através de gotas diretamente ao solo. Estas gotas, ao infiltrarem, formam um padrão de umedecimento denominado “bulbo úmido”. Estes bulbos podem ou não se encontrar com a continuidade da irrigação e formar uma faixa úmida, outro termo técnico utilizado em irrigação localizada por gotejamento. Muitas dúvidas surgem a respeito desta característica dos sistemas de gotejamento, nas quais se questiona se é necessário um gotejador por planta. Na realidade, neste tipo de tecnologia de irrigação, o solo tem papel fundamental na distribuição da água e, portanto, suas características físicas e de estrutura irão definir se o projeto de gotejamento terá um gotejador por planta, mais do que um ou até menos do que um. Desenvolvimento Radicular - De fato, uma das razões de se obter maiores produtividades em irrigação por gotejamento se deve à capacidade deste sistema em irrigar uma parte do solo onde estão as raízes da planta de forma muito precisa, constante e sem expulsar todo o ar deste solo. Assim, as raízes têm sempre água facilmente disponível, nutrientes (fertirrigação) e oxigênio, pois estas respiram para realizar seus processos metabólicos e de crescimento. No local da faixa úmida/bulbo, há então um grande aumento do volume e atividade das radicelas, raízes finas cuja única função é absorver água e nutrientes. O gotejamento praticamente não afeta as raízes de sustentação, que são grossas e suberinizadas, ou seja, são impermeáveis e não absorvem água e nutrientes. Assim, plantas cultivadas com gotejamento têm maior atividade radicular (radicelas), raízes profundas e, portanto, maior produtividade e capacidade de serem manipuladas mais facilmente.

 DOENÇAS:

 Antracnose

 A antracnose é uma doença causada pelo fungo Colletotrichum gloesporioides Penz que ataca as folhas novas e os frutos, sendo considerada como uma das doenças mais severas. Os seus sintomas incluem alteração da cor das folhas, a queda e o ressecamento. Quando infectados, os frutos tornam-se mumificados e escurecidos. Esse patógeno é controlado através de pulverizações preventivas, com produtos químicos, como o oxicloreto de cobre, clorotalonil, mancozeb, propineb emaneb (2-3 g/litros de água) ou fungicidas sistêmicos como o benomil, bitertanol, tiabendazole e tiofanato metilico (1-2 litros de água), a intervalos Cultivo de fruta-do-conde www.respostatecnica.org.br 10 de 7 a 30 dias. A realização da pulverização deve ocorrer desde a floração até a frutificação completa. Os fungicidas à base de cobre não devem ser pulverizados durante a floração, pois podem resultar em perdas de flores e frutos.


O controle de doenças que poderão ocorrer poderá ser feito com pulverizações semanais utilizando-se calda bordalesa ou calda sulfocálcica (1 Kg de cal + 1 Kg de cobre diluídos em 100 litros de água).

Fotos da produção:

   


ANONEIRAS:

Frutas-do-conde, anonas, atas, pinhas, frutas-de-condesas, cabeças-de-negro, cherimóias e
araticuns requerem muita podas.
Três ou quatro pernadas, em varias posições a mais próxima do solo cerca 40 a 60 cm do
solo.
A poda anual de frutificação é dispensável. Inspeção de inverno, em uma leve poda de

limpeza, eliminando-se ramos avariados e indesejáveis que tendam a deformar a copa.

Algumasobservações sobre a cultura da atemóia e sua poda

Quando a planta completar um ano aplicar 50 gramas de Nitro cálcio. 
A partir da produção aplicar 30 gr de Nitro Cálcio por quilo de fruta produzida em 4 vezes. 
A falta de Boro petrifica a polpa, utilizar 80 gr de bórax por 100 litros de água, junto com a calda bordalesa. 
Aplicar em cobertura:
18 litros de esterco de gado ou 10 L de esterco de galinha por ano. Fazer uma mistura com 50 Kg de Nitro Ca.
+ 30 Kg de termo fosfato (yorin) + 15 Kg de KCl, aplicar aproximadamente (conforme a produção de
fruto). 
A flor aparece em novos ramos após a poda. Poda corte perfeito sem mastigar evita doença isto depende da tesoura de poda. Desinfetar as ferramentas (tesoura e serrote) através de agentes químicos ou
flambagem (chumaço de algodão, com fogo).  Água sanitária lava e desinfeta, passar secar e engraxar.
Utilizar óleo do tipo “Singer”ou vaselina sólida. WD40 cera + solvente isto transforma óxido férrico
(ferrugem) em fosfato férrico (não ferrugem). 
Dia nublado e frio não podar,  podar em dia ensolarado com pouca umidade relativa.  Poda de galhos com diâmetro maior que 1,0 cm fazer curativo com resina sintética (tinta látex). Curativo com calda bordalesa a chuva lava. Cicatrização ocorre até o oitavo dia do ferimento a partir daí a infecção já não acontece. Calda Bordalesa é bacteriostática e fungicida. Ao podar relaxar a musculatura, não pode ser projetada para o corpo.

Galho seco deve descobrir a causa, onde ele parou de secar, podar 30 cm abaixo de onde parou de secar.
Após a poda deve-se queimar os galhos secos para evitar propagação de possíveis pragas.
Plantas suspeitas de doenças devem ser podadas por último ou o podador ter dois conjuntos de ferramentas.
Raleio de frutos principal objetivo é evitar a alternância de safras (ano sim ano não).
Não colocar ferramentas (tesoura e serrote) no chão.
Sempre podar acima de uma gema, parte da tesoura amolada para cima e a parte reta é a que corta.
Folhas adultas produzem alimento, brotos e folhas novas só sugam, são chamadas de drenos.

As plantas são organismos que produz seu alimento do sol e minerais do solo 
- fotossíntese produz açucares. Seiva flui pelos vasos (como veias) 
- seiva flui para baixo e para cima 
- água e sais minerais das raízes para cima e açucares para baixo 
- junto com a seiva é transportado hormônios.

Deixando uma gema no ramo quando o objetivo é  para vigor e mais de uma gema para produção; não pode deixar mais que 20 cm sem produção. 
Guias tem que crescer para cima.


Após o plantio podar à 0,50 m ou 0,60 m de altura. Dependendo da mecanização a ser empregada e da topografia do terreno. Esta altura pode sofrer pequena variação. A melhor condução da copa é de dois ramos principais ou pernadas. A altura da planta não deve ser superior a 2,50 m para facilitar os trabalhos dispensados à planta. A partir do mês de abril, deve-se evitar a poda, pois a planta inicia o período de dormência e há necessidade de favorecer a translocação de substâncias nutritivas das folhas e ramos para as raízes. Esses elementos armazenados são importantíssimos para a produção do próximo ano.

Podas anuais
Todos os anos, no período de julho a agosto, quando as folhas começam a ficar amareladas, as plantas são podadas. Nesse trabalho todos os ramos vigorosos que desenvolveram no último ano são encurtados a 20 cm ou 30 cm para estimular a brotação lateral e o florescimento. Os ramos laterais menos vigorosos, também devem ser encurtados. Deve-se também eliminar os ramos ladrões, doentes ou atacados por pragas, mal posicionados e em excesso. A planta deve ter copa com ramos abundantes e sem sobreposição para proteger os frutos contra incidência direta de raios solares. Entretanto deve permitir a aeração e luminosidade adequada para não criar ambiente favorável ao ataque de doenças e pragas.

Desbaste de Frutos
Os frutos ainda jovens, com diâmetro de 1 cm, devem ser desbastados ou ser raleados. Nessa operação eliminam-se frutos defeituosos e com polinização deficientes. Deixam-se apenas os globosos com tamanho dos carpelos ou mamilos bem uniformes. Num ramo podem ficar no máximo dois frutos bem distanciados para evitar que se toquem quando totalmente desenvolvidos.




Ensacamento dos frutos
Após o desbaste os frutos devem ser ensacados com saquinhos de papel impermeável de 17,5 cm x 28 cm com abertura na extremidade de menor dimensão. Os saquinhos devem ser bem fechados prendendo-o no pedúnculo do fruto ou do ramo com auxílio de um arame fino e flexível ou outro material disponível.

UM CASAMENTO PERFEITO

O cruzamento entre a Fruta-do-Conde e a Cherimola, originou a Atemóia. O cultivo comercial da Atemóia vem crescendo, porém trata-se de um cultura exigente em irrigação, adubação, podas e pós-colheita, sem esquecer que por ser um híbrido (resultante de um cruzamento) as mudas só devem ser produzidas por métodos vegetativos (enxertia e estaquia). Comparada com a fruta-do-conde, as frutas são maiores, mais doces e com menor número de sementes, que se soltam da polpa facilmente e por estes motivos, tem mercado garantido no Brasil e exportação. As plantas se desenvolvem muito bem em algumas regiões do Brasil.

Adubação:

Ela deve ser podada e adubada a cada seis meses. A poda deve ser de formação e o adubo pode ser tanto compostagem como NPK, nas proporções 5-5-5. 




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