Março/2014 |
Março/2014 |
As amoras apresentam uma forma característica gerada a partir do agrupamento de vários e minúsculos frutos que se unem formando uma polpa rica em água, açúcar e vitamina C. Esta fruta é geralmente consumida in natura, mas também utilizada em tortas, sorvetes compotas, geleias, doces cristalizados e outros.
Solo
Em geral os solos ligeiramente ácidos são os mais apropriados à cultura, com um pH em torno de 5,5 a 6,5. A amoreira-preta desenvolve-se bem em solos bem drenados, com boa capacidade de retenção de água e bom teor de matéria orgânica. Geralmente, utiliza-se estrume animal aplicado ao solo no outono ou esterco de galinha em quantidades que variam entre duas a três toneladas por hectare.
Poda
A poda da amoreira-preta é realizada em dois momentos, um no verão, momento em que se eliminam hastes que produziram e encurtam-se as novas hastes emergidas do solo, e outro no inverno, onde se reduz as hastes laterais.
A poda escalonada no inverno seria uma opção para aumentar a amplitude de colheita da amoreira-preta. Outra opção seria a poda fora de época visando à produção extemporânea da amora-preta em condições subtropicais, no entanto, a produção induzida no verão pode não promover resultados satisfatórios.
Na primavera, emergem do solo novas hastes que crescem ultrapassando os arames de sustentação e, então, devem ser despontadas (poda de verão) a 30 cm acima do arame, com o objetivo de forçar a emissão de ramos laterais, que produzirão no próximo ano. Logo após a colheita, as quatro primeiras hastes devem ser podadas ao nível do solo e retiradas do pomar, deixando espaço para as hastes novas despontadas se desenvolverem até o final do verão, início do outono.
A poda de inverno é realizada, encurtando todos os galhos laterais a 30-40 cm, com o objetivo de organizar o espaço na linha e distribuir melhor a frutificação. Junto com essa poda de inverno, realiza-se uma seleção das hastes mais vigorosas, eliminando-se o excesso. O recomendado é deixar, no máximo, três hastes produtivas por metro linear.
A poda de pós-colheita também serve de estimulo à brotação e ao desenvolvimento de novas hastes. Por essa razão a mesma deve ser realizada logo após o término da colheita, do contrário, quando a mesma for prorrogada, pode haver diminuição no estande de hastes e consequente queda de produtividade.
Preparo do solo e Adubação
Recomenda-se a subsolagem total da área, com gradagem e incorporação de calcário e fertilizante a 30cm de profundidade, objetivando corrigir a acidez e a fertilidade do solo (adubação pré-plantio). As quantidades dos insumos devem ser definidas de acordo com a análise do solo.
O potássio (K) é considerado um nutriente utilizado em grandes quantidades pela amoreira-preta, sendo que apenas o N é maior absorvido. O aumento da adubação com K pode aumentar os rendimentos da amoreira-preta.
Sistemas de Condução
O sistema de condução mais utilizado para a amoreira é em forma de T, onde são implantados mourões (eucalipto tratado) na linha de plantio a cada 8 m de distância, com dimensões de 0,15 m (diâmetro) x 1,80 m (altura), que deverão ser enterrados em torno de 0,5 m. Nas cabeceiras das linhas, normalmente são utilizados mourões com 1,60 m de altura e 0,15 m de diâmetro, colocados em posição inclinada. As travessas que formarão o T são fixadas em uma altura de 1,0 a 1,20 m do solo, por onde passam dois arames paralelos de 40 a 50 cm distantes um do outro. Quando as brotações das plantas, emitidas junto ao solo ultrapassarem os arames, devem ser amarradas. Esse tutoramento é fundamental para evitar danos pelo vento e facilitar a colheita das frutas.
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