sábado, 17 de novembro de 2012

Lazer

Uma boa terapia é colecionar hibiscos - estou em fase inicial, formação de matrizes.
É muito bom o contato com a natureza, nos ajuda muito ao equilíbrio e a paz interior.

O que vem a ser hibiscos ou hibiscus:


Hibiscus significa Ísis (deusa egípcia), em grego.

Hibiscus rosa-sinensis, conhecido simplesmente por hibisco, é um arbusto lenhoso, fibroso, com até 5 metros de altura, originário da Ásia tropical e do Havaí, onde é considerado a flor nacional e possui 5000 variedades. Muito difundido no mundo pelas propriedades ornamentais, possui diversas variedades e formas, com flores grandes ou pequenas, com pétalas lisas ou crespas. As folhasvariegadas ou não, podem ser largas ou estreitas. Muito cultivado no Brasil, com vários híbridos e variedades.



A flor escura nome Moorea Moama e a de cor amarelada é Cassiopeia

Propagação do hibiscus:

  • Por estacas
  • Por enxertia
  • Por alporquia 
  • Por hibridação

Por estacas:

As estacas herbáceas são obtidas de ramos apicais, sua retirada deve ser feita pela manhã, quando ainda estão túrgidas e com níveis mais elevados de ácido abscísico e de etileno, que são elementos favoráveis ao enraizamento.


Deve-se primeiramente preparar a terra que será utilizada para plantio das estacas.
A mesma devera conter, uma quantidade de terra de boa qualidade (de cultura) passada em peneira, uma quantidade de areia de construção também passada na peneira e uma quantidade de esterco de curral que devera estar bem triturado. Tudo isto é para facilitar o processo de enraizamento da estaca.
A proporção deve ser de 1 parte de areia x 2 partes de esterco x 2 partes de terra.
Deve providenciar os recipientes que serão colocadas a terra juntamente com a estaca, estes recipientes podem ser sacos plásticos de leite, caixa de leite longa vida e outros. Estas por sua vez deverão conter furos na parte inferior para escoamento da água (drenagem).
Quando da escolha dos galhos para retirada das estacas esta devem ser do ano anterior observando sempre se as mesmas estão sadias.
Cortar as estaca em bisel, galhos (semi-lenhosos), com aproximadamente 40 cm de comprimento;
Recomenda-se deixar apenas duas folhas na estaca, caso esta não exista deixar os borbulhas mais desenvolvidos.
Em seguida enterrá-las no substrato dos recipientes até mais ou menos a metade.
Depois é deixar em lugar sombreado e regar diariamente (sem encharcar o solo) até pegar; em pouco tempo estará soltando brotos e folhas novas.
A época ideal para se fazer esse procedimento, é o final do inverno e início da primavera.
Depois é só transplantá-la para o seu local definitivo. Recomenda-se que o plantio para o local definitivo seja feito quando a planta estiver bem desenvolvida (período mais ou menos 4 meses).
Quando for replantar no local definitivo deve-se remover todo o recipiente tomando o cuidado para não danificar o torrão que envolve a planta.
O local para o plantio deve ter uma profundidade de 40 cm x 40 cm de diâmetro; coloca-se no fundo esterco de curral bem curtido com um pouco de adubo da formula 10x10x10 depois é envolver todo o torrão com o substrato que já devera estar preparado este deve ser pressionado junto do torrão para que a planta fique bem firme. Após este procedimento regar bem a planta para acomodação da terra. Recomenda-se nos primeiros dias colocar palha seca ou resto de capins bem seco sobre a terra que envolve a muda para manter esta região úmida. Lembre-se que o excesso de água á tão prejudicial quanto à falta dela. Depois é manter os cuidados necessários para que a planta cresça e produza com saúde e vida longa. Estes cuidados serão abordados em uma próxima oportunidade.

Observações:
Deve-se evitar de deixar as estacas na água. As plantas não gostam de crescer raízes na luz. Além disso, quando você for colocar as estacas na terra, sempre haverá risco de danificar as raízes (que não aconteceria se fossem colocadas diretamente na terra após o corte) 





Por enxertia:


Enxertia ou clonagem por processo de garfagem

A enxertia é um processo de reprodução de planta  eficaz e muito interessante.


Para definir em uma palavra moderna, a enxertia na realidade nada mais é do que uma clonagem vegetal.

  • As células que se reproduzirem a partir do enxerto trarão as característi-cas exatas da planta mãe de onde foi retirado o garfo. Nota-se então que se você quiser reproduzir uma planta de ótima qualidade, o caminho correto é a enxertia.    A experiência mostra que as plantas enxertadas ficam de porte menor e produzem melhores e em maior quantidade e o que é melhor, em muito menos tempo.

    O princípio básico da enxertia por garfagem é fazer com que o câmbio do cavalo (planta que vai servir de base) e o câmbio do garfo fiquem em contacto (o câmbio é uma camada vegetal que fica abaixo da casca propriamente dita).  O segredo é conseguir um garfo de diâmetro igual ao do cavalo. Se você conseguir isto as chances de seu enxerto dar certo são bem maiores. Se o seu garfo tem diâmetro diferente do  cavalo, alinhe um dos lados e esqueça o outro. Neste caso suas chances já perdem 50%. 

Recomendações:

1-   O garfo (a parte que vai ser enxertada) deve ser escolhido com cuidado, nem muito novo e nem muito velho. Consistência média.
2-   Após coletado o garfo, faz-se uma incisão em formado de cunha.
3-   Toma-se o cavalo, secciona-se  o mesmo para encaixe da cunha da amostra coletada; evite cortá-lo muito alto. Obs:O diâmetro ideal para um enxerto de garfagem é o de uma caneta bic. Com a prática a gente consegue enxertar muda bem fininhas, todavia as grossas  só serão possíveis se tiverem o lenho mole para o corte.
4-   Para o processo utilizar sempre ferramentas bem afiada e limpa de impurezas.
5-   Introduza o garfo no cavalo.
6-   Deve-se tomar o cuidado de alinhar bem as laterais. A extremidade do corte fica um pouquinho para fora do topo do cavalo. Amarre com gominhas ou com fitilho plástico. Obs:  os fitilhos devem ser cortados de preferência de sacolas de melhor qualidade, pois o plástico deve ser fino e resistente. Uma boa maneira de se cortar o fitilho é abrir a sacola e grampeá-lo em uma madeira, aí usá-se uma régua (de preferência metálica) e um estilete. A largura ideal do fitilho é de 0,8 cm.
7-   Impermeabilize a área enxertada com pasta cicatrizante. Pode ser o mástique, uma pasta cicatrizante cuja fórmula será vista posteriormente.
8-   Amarre um saquinho plástico molhado cobrindo a área enxertada.Isto é para que o garfo não se desidrate. Basta molhar o saquinho.  Coloque o seu enxerto na sombra. Se você dispõe de estufa, não é necessário cobrir o enxerto com saquinho plástico.
9-   Agora é dar tempo ao tempo. Acompanhe o desenvolvimento do enxerto. Se começar a soltar brotos do garfo é sinal que o enxerto está pegando. Mas o enxerto que não vai pegar logo o garfo começa a secar  e morre. Você pode aproveitar o cavalo para novos enxertos, é só deixá-lo brotar. Quanto os brotos começarem a surgir, retire o saquinho plástico, cortando-o aos poucos, um pedaço por dia, para a planta aclimatizar com o ambiente. É comum surgirem brotos do cavalo. Estes devem ser retirados. Com o tempo, o cavalo não brota mais e o garfo ou clone assume a primazia no crescimento da planta. Quanto você perceber que o enxerto já está bem pego  (é só observar o amarrilho de goma ou fitilho) quando estiver “enforcando”  o cavalo. Obs: o amarrilho com fitilho torna mais indicado, pois não necessita de impermeabilização do enxerto. Os círculos do fitilho devem ir sobrepondo aos poucos até cobrir toda a área enxertada. Comece abaixo do corte e termine acima da parte enxertada.  O acabamento do amarrilho é simples, basta passar a ponta do fitilho dentro da volta e puxar para apertar, daí corta-se o fitilho.

Hawaiian Flower




Alporquia:

O que é alporquia?

A alporquia é uma técnica de multiplicação vegetativa de plantas, utilizada principalmente em algumas plantas com as quais a estaquia não funciona facilmente. Consiste em enraizarmos um ramo quando ele ainda está preso na planta, retirando a muda em seguida. Na realidade, é uma variação da mergulhia, uma outra técnica de propagação vegetativa de plantas.

Na alporquia, a “estaca” continua recebendo água e nutrientes da planta, não utilizando somente as suas reservas, motivo pelo qual é um método mais eficiente.

Como realizar a alporquia?

Podemos separar o processo em algumas etapas:
  1. Inicialmente, devemos escolher um ramo de uma planta adulta. Esse ramo deve possuir de 1 a 3 cm de diâmetro. No ramo escolhido, fazendo um anelamento (retirada da casca) com a ajuda de uma lâmina afiada (faca, canivete, estilete, etc.), sendo este anel formado de 3 a 5 cm de largura.
  2. Cobrimos a parte anelada com um material úmido que retenha bem a água, que pode ser: esfagno, mistura de esterco e serragem úmida, entre outros possíveis. Prendemos o material com um plástico, que deve ter as suas pontas bem amarradas. Assim, ocorrerá o enraizamento do material com o passar do tempo, no local cortado.
  3. Podemos fazer desde o in ício, um outro anelamento, pouco abaixo do local em que vai enraizar, o que força a brotação das gemas (enraizamento) no local cortado.
    Ao alcançarmos um enraizamento razoável, vamos cortando a base de pouco a pouco com o passar dos dias, até destacarmos completamente o ramo bem enraizado, obtendo-se assim uma nova muda.
  4. Devemos passar a muda a um substrato adequado, sem que este seja plantada no seu local definitivo, já que a muda ainda é muito frágil. Essas mudas devem ser mantidas por um certo período em um local protegido do sol forte, molhado constantemente, sem encharcar, até que a muda se torne forte o bastante para ser plantada no seu local definitivo.

variegadas (folha mescladas em verde e branco)




Hibridação:


Fazendo a Polinização nos Híbridos 

 
Poderíamos dizer que "não é tão simples" polinizar e conseguir produzir as sementes dos hibiscos, no sentido da frustração que as  pessoas podem ter com as várias tentativas que não vão dar certas, mas na verdade, não é difícil criar novos tipos de flores através da  polinização, mas requer muita paciência e persistência. Então vamos lá: 


        1º) A polinização tem que ser feita assim que a flor abrir, para "dar  tempo do pólen" percorrer o longo caminho até o lugar (ovário) onde  estão os óvulos (futuras sementes) antes que a flor murche e caia. 
Para você conhecer onde crescerão as sementes, abra a base (cálice)  de uma flor de Hibisco e dentro você vai encontrar uma boa quantidade  das futuras sementes (brancas) que ainda não foram fecundadas.
 Em média um ovário tem 138 óvulos. 


2º) Como fazer a polinização:
         Pegamos o pólen (aquele pó amarelo) de uma flor e colocamos nos estigmas de uma outra flor (aquela que acabou de abrir). Os estigmas são as 5 rodinhas que ficam na  ponta do tubo que sai do centro da flor (parecem mini almofada). 
Para passar o pólen de uma flor para outra, pode arrancar uma  flor que já está aberta a mais tempo e levá-la até a flor que  vai ser polinizada. Com a  própria flor que foi arrancada, ao encostar o pólen dela nos estigmas  da flor que vai ser fecundar, eles vão colar no estigma que vai  ficar todo amarelo. Caso não queiramos arrancar uma flor, usamos um  pequeno tufo de algodão (ou cotonete) para colher o pólen de uma flor  e levar para os estigmas da outra flor. 

 
        3º) Marque a flor que vai ser polinizada:
        No cabo da flor (com cuidado, o cabo é frágil e pode soltar a flor) podemos marcar com fitas isolantes coloridas ou fita crepe.
        Deve-se escrever na fita a data em que foi feita a  polinização e a identificação da flor pai e da flor mãe, para ser arquivada e depois quando do plantio das sementes, sabemos quem é quem (cadastro do histórico técnico). 

       4º) A flor vai murchar e cair, mas o cálice com os óvulos fecundados vai ficar preso naquela haste (cabo) que foi marcado. Caso o processo venha a falhar  provavelmente é porque não deu tempo dos óvulos serem fecundados, e é aí que a nossa paciência e persistência vão ser testadas. 

        5º) Agora é só esperarmos o desenvolvimento das sementes dentro desse cálice. O fruto no início é verde, mas depois fica da cor e "parecido com uma noz" (fruto da nogueira), mas não é duro como uma noz. 
        Pode levar de 6 semanas a 3 meses para ser concluído o  desenvolvimento das sementes. 
 
6°) Quando o fruto começar a se abrir, retiramos e colhemos as sementes. 
Se esquecermos de colher na hora certa, as sementes vão cair no chão e provavelmente vamos perdê-las.
        Tem vezes que estamos acompanhando e esperando por longo tempo um determinado conjunto de sementes amadurecerem, e em uma outra planta, sem "estar na hora", de repente as sementes já amadureceram e estão caindo. Podemos colocar um pequeno saco plástico (com uns furos para ventilação) envolvendo o fruto e amarrado na haste, para estas surpresas de amadurecimento mais rápido. As sementes caem dentro do saco e não são perdidas. Para cada flor polinizada as sementes que se fecundam em cada fruto variaram na quantidade de 4 a 23.
 
        7º) Deixamos as sementes secarem por alguns dias e depois é só plantá-las. 
Melhor que sejam plantadas em vasos pequenos, sacos plásticos ou numa sementeira não esquecendo de ter sempre identificações completas.
        Após a terceira semana já começa a germinação de algumas sementes.
        Algumas sementes de hibisco podem levar meses e até mais de 1  ano para germinar. Existem processos para acelerar a germinação que será visto posteriormente. 
Para sementes em geral, já existe uma regra dizendo que a profundidade que a semente deve ser plantada é de 3 vezes o tamanho da semente. 
De cada nova planta nascerá uma flor diferente, que será uma surpresa no tamanho, na cor, desenho das cores e na forma (simples ou dobrada). 


Divisão de uma flor 

Estames
Estames são folhas modificadas, onde se formam os gametas masculinos da flor. O conjunto de estames forma o androceu (do grego andros, homem, masculino). Um estame geralmente apresenta uma parte alongada, o filete, e uma parte terminal dilatada, a antera.
O interior da antera é geralmente dividido em quatro cavidades, dentro das quais se formam os grãos de pólen. No interior de cada grão de pólen  forma-se dois gametas masculinos, denominados núcleos espermáticos. Quando a flor está madura, as anteras se abrem e libertam os grãos de pólen.

Carpelos

Carpelos são folhas modificadas, em que se formam os gametas feminios da flor. Um ou mais carpelos formam uma estrutura em forma de vaso, o pistilo. Este apresenta uma região basal dilatada, o ovário,do qual parte um tubo, o estilete, que termina em uma região dilatada, o estigma. O conjunto de pistilos de uma flor constitui o gineceu (do grego gyncos, mulher, feminino).

O pistilo pode ser constituído por um, dois ou mais carpelos, dependendo do tipo de flor. Em geral, o número de câmaras internas que o ovário apresenta corresponde ao número de carpelos que se fundiram para formá-lo. No interior do ovário formam-se um ou mais óvulos.
Os óvulos vegetais são estruturas complexas, constituídas por muitas células. Nisso os óvulos vegetais diferem dos óvulos animais, que são estruturas unicelulares.
No interior de cada óvulo vegetal se encontra uma célula especializada, a oosfera, que é o gameta feminino propriamente dito.

Androceu - orgão masculino

Geniceu - orgão feminino
























Nenhum comentário:

Postar um comentário