1- Noz Pecan
Controle da erosão: plantio em nível ou cortando as águas; patamares ou banquetas, nos terrenos mais declivosos, capinas em ruas alternadas, roçadeira na época das águas.
Calagem: de acordo com a análise de solo, aplicar calcário para elevar a saturação por bases a 70%. Aplicar o corretivo em todo o terreno, antes do plantio ou mesmo durante a exploração do pomar, incorporando-o através da aração e gradagem.
Adubação de plantio: aplicar, por cova, 2kg de esterco de galinha ou 10kg de esterco de curral, bem curtido, 1kg de calcário magnesiano, 160g de P2O5 e 60g de K2O pelo menos 30 dias antes do plantio. Em cobertura, a partir do início da brotação das mudas, ao redor da planta, 60g de N, em quatro parcelas de 15g, de dois em dois meses.
Adubação de formação: no pomar em formação, de acordo com a análise de solo e por ano de idade, aplicar 20 a 60 g/planta de cada um dos nutrientes: N, P2O5 e K2O, sendo a de N em quatro parcelas, de dois em dois meses, a partir do início da brotação.
Adubação de produção: no pomar adulto, a partir do 10º ano, dependendo da análise de solo e da produtividade, aplicar anualmente 2 t/ha de esterco de galinha, ou 10 a 20 t/ha de esterco de curral, bem curtido, e 50 kg/ha de N, 20 a 40 kg/ha de P2O5 e 20 a 40 kg/ha de k2O. Após a colheita, distribuir esterco, fósforo e potássio, na dosagem anual, em coroa larga, acompanhando a projeção da copa no solo, e misturá-los com a terra da superfície. Dividir nitrogênio em quatro parcelas e aplicá-las em cobertura, de dois em dois meses, a partir do início da brotação.
Outros tratos culturais: capinas e podas de limpeza; eliminação de ramos atacados pela broca.
Controle de pragas e doenças: tratamento de inverno com calda sulfocálcica concentrada e caiação do tronco; na vegetação: fungicida oxicloreto de cobre; inseticidas: fenthion, malathion e fosfina. O porte avantajado das plantas implica a necessidade de uso de pulverizadores de alta pressão para aplicação de defensivos; além disso, dificulta o controle das brocas dos ramos e dos troncos.
Colheita: março a abril; primeiras a partir do 6º ao 8º anos de instalação do pomar; colheita, por catação semanal, das nozes sob as plantas.
Produtividade: 500 a 1.000 kg/ha/ano de nozes.
Observações: devido à baixa produtividade que a nogueira-pecã tem mostrado nas nossas condições, não se recomenda o seu cultivo solteiro para fins comerciais. É necessário que se faça a consorciação com outras culturas, anuais ou perenes, que justifiquem um mínimo de rentabilidade na área utilizada. Entretanto, devido à excelência das nozes, é interessante que algumas plantas dessa nogueira estejam presentes nas propriedades rurais, para obtenção de safras para uso caseiro.
Elas são caducifólias, crescem de 25 a 40 metros em climas temperados e podem dar fruto por mais de duzentos anos. Possuem tronco ereto, casca inicialmente lisa, tornando-se áspera e fendida conforme o tempo. Suas folhas são compostas, longas (40 a 70 cm), pinadas com 9 a 13 folíolos (podendo chegar a 17), a inflorescência é terminal, com flores, pequenas e esverdeadas. O fruto é uma drupa, agrupando-se em cachos com, normalmente, de três a sete unidades, com epicarpo que se separa do fruto, na maturação.
As árvores são, comumente, incompatíveis entre si pois grande parte das culturas são clones de árvores campestres, apresentando dicogamia incompleta. Assim, geralmente, duas ou mais árvores de diferentes culturas precisam estar presentes para haver a polinização.
O fruto possui uma forma que vai da ovaloide à oblonga, entre uma faixa de 2,5 a 6 cm de comprimento e 1,5 a 3 cm de largura. Com coloração variando entre o marrom/castanho escuro e o cinza pardo, a sua casca possui uma espessura que varia de 3 a 4 mm.
A parte aproveitável do fruto, representa algo em torno de 40 e 60 %, sendo assim, é necessário em torno de 60 a 160 nozes para atingir o peso de 1 kg.
O espaçamento utilizado entre árvores gira em torno de 7 x 7 m até 10 x 10 m e a propagação da nogueira normalmente é realizada por enxertia de borbulhia no verão ou por garfagem no inverno, sobre porta enxertos oriundos de sementes. As amêndoas normalmente são consumidas na forma “in natura”, em bolos, tortas, entre outros.
1- Noz Macadâmia
Existem duas espécies comestíveis de noz macadâmia conhecidas, a Macadamia integrifolia e a Macadamia tetraphylla.
A primeira espécie possui frutos lisos, esféricos, três folhas por nó, flores brancas e folhas novas verdes e bronzeadas.
Já a Macadamia tetraphylla possui frutos de casca rugosa, quatro folhas por nó, flores rosadas ou avermelhadas e folhas espinhosas.
A Macadamia intergrifolia tolera umidade baixas e temperaturas altas, também é menos exigente em adubação quando comparada a Macadamia tetraphylla. Sua desvantagem está no maior período de produção, exigindo varias colheitas e aumentando o custo de produção.
A Macadamia tetraphylla possui um período de produção menor, diminuindo custos de colheita, porém sua noz apesar de apresentar boa qualidade é um pouco mais adocicada. Suas amêndoas ficam pretas após o cozimento e torração, além disso, esta espécie possui espinhos nas folhas dificultando tratos culturais como a poda.
As mudas são feitas utilizando sementes de nogueira macadâmia, de cultivares vigorosos, com germinação ocorrendo entre 40 a 120 dias. Após a formação das mudas realiza-se a enxertia do tipo garfagem. Antes da enxertia pode ser feito o anelamento prévio dos ramos a serem enxertados na planta matriz, aumentando o pegamento. O plantio das mudas já enxertadas deve ser feito a campo, de preferência, na estação das águas, sendo utilizado espaçamento de 8 x 8 m no plantio convencional e 8 x 4 m para plantio adensado e, posterior raleio das plantas de acordo com o espaçamento adotado. O número de plantas pode variar de 156 a 312 plantas por hectare.
A macadâmia possui exigências climáticas parecidas ao café, citros e cana-de-açúcar. Para o plantio, o solo deve apresentar boa drenagem, matéria orgânica suficiente, pH de 4,5 a 6,5, o local de cultivo deve ser protegido de ventos fortes, pois causam rompimento dos ramos e retarda o desenvolvimento da produção e em terreno plano para facilitar a coleta das sementes. Necessita de 1250 a 3000 mm de chuvas anuais bem distribuídas durante o ano para uma boa produção, necessitando de irrigação em locais de chuvas escassas.
Antes do plantio deve-se preparar o solo realizando uma aração profunda e posterior gradagem. Juntamente com essas operações e, de acordo com a análise de solo, deve ser realizada a correção solo para elevação da saturação por bases (SB) a 70%. Também deve ser feita uma fosfatagem de preferência no sulco de plantio das mudas e caso necessário também é feita a gessagem posteriormente a calagem.
Na cova de plantio 40 x 40 x 40 cm devem ser aplicados 2 kg de esterco de galinha ou 10 kg de esterco de curral bem curtido, 1 kg calcário magnesiano, 160 g de P2O5 e 60 g de K2o, pelo menos 30 dias antes do plantio. A adubação de cobertura deve ser realizada ao redor das mudas no início da brotação, sendo utilizados 60 g de N em quatro parcelas de 15 g, de dois em dois meses. A adubação de formação deve ser feita de acordo a análise de solo, sendo necessário a aplicação de 20 a 60 g por planta de N, P2O5 e K2O, a adubação nitrogenada deve ser dividida em 4 parcelas durante 8 meses. Adubação de produção no pomar adulto, a partir do 8º ano, é feita conforme a análise de solo e a meta de produtividade, aplicando-se anualmente 2 t/ha de esterco de galinha, 10 t/ha de esterco de curral, bem curtido, e 50 a 100 kg/ha de N, 20 a 80 kg/ha de P2O5 e 20 a 80 kg/ha de K2o. Após a colheita, distribuir esterco, fósforo e potássio, na dosagem anual recomendada, em círculo, acompanhando a projeção da copa no solo e, em seguida, misturá-los com a terra da superfície. Dividir o nitrogênio em quatro parcelas, aplicadas em cobertura, de dois em dois meses, a partir do início da brotação.
A utilização de cobertura morta (mulch) principalmente na fase de mudas da macadâmia é muito interessante, pois dificulta o crescimento de plantas daninhas, mantém a umidade do solo, diminui a evaporação de água, protege as raízes de temperaturas elevadas do solo e de exposição das raízes devido à erosão causada pelas chuvas e pelo vento. O consórcio de macadâmia e plantas forrageiras no meio da rua da plantação aumenta a proteção do solo quanto a compactação e erosões, essas forrageiras quando estão grandes são roçadas para dentro das linhas da plantação, servindo como mulch. A utilização de culturas intercalares de rápido retorno de produção são opções para obtenção de renda, até que o pomar se torne adulto e comece a produzir. Existem diversas opções para o plantio intercalar na cultura da macadâmia como: milho, feijão, tubérculos, citros, café, limão, maracujá e outros. Este consórcio é muito interessante para aumentar a fertilidade do solo como é o caso das plantas leguminosas, para aumentar o sombreamento do solo e diminuir a incidência de plantas daninhas e, também para proteger o solo contra erosões.
As variedades de macadâmia quando crescem com uniformidade, não ficam com a vegetação densa e fechada, mas sim formam árvores grandes e simétricas, e mesmo assim é recomendada a poda de formação ou corretiva nos dois primeiros anos de crescimento da planta, proporcionando uma estrutura forte e bem equilibrada para seu melhor desenvolvimento. Outro manejo a ser realizado nos pomares é a eliminação de ramos secos e quebrados devido à ação do vento e ou alguma praga ou doença presente.
No momento da colheita o solo deve conter o mínimo de plantas daninhas para facilitar a visualização das sementes no solo, pois as sementes são colhidas manualmente e quando já caíram no solo. Nas árvores é praticamente impossível distinguir as nozes maduras das imaturas, por isso não é aconselhável colher as nozes das árvores. Após o início da colheita, as nozes devem ser colhidas com bastante frequência, especialmente no período chuvoso, pois se permanecerem por muito tempo em contato com o solo sofrerão alterações como amolecimento e apodrecimento, podendo até germinar, e, além disso, servindo de alimentos para animais, podendo diminuir o número de nozes no solo e a produção.
A primeira colheita, de uma produção comercial, ocorre a partir do quarto ano de implantação do pomar. Estima-se uma produção de 5 a 10 toneladas por hectare em pomares adultos e bem conduzidos, dependendo do espaçamento adotado.
Durante o processo de catação, as nozes devem ser colocadas em baldes metálicos ou plásticos para não adquirirem odores estranhos. Após a catação são colocadas em sacos de juta e conduzidas para o local onde serão processadas ou armazenadas. No armazenamento de longo período, as nozes devem ser secas à sombra para diminuir sua umidade em até 15%.
Propriedades nutricionais
Para 100 g da noz crua possuem pouco mais de 9 g de proteína, 64 mg de cálcio, 410 mg de potássio, 60 g de gordura monoinsaturada - considerada boa para a saúde - e 4 g de gordura polinsaturada.
Tanto a macadâmia quanto as outras nozes são os alimentos vegetais com maior quantidade de antioxidantes. "Os cientistas descobriram que as nozes possuem 20,97 unidades de antioxidantes em cada 100 g. Isso representa 20 vezes mais que as quantidades presentes nas laranjas (1,14), nos espinafres (0,98), nas cenouras (0,04) ou nos tomates (0,31)."
Além dessa propriedade rejuvenescedora, a macadâmia tem a vantagem de fazer bem ao coração. "Comer um punhado duas ou mais vezes por semana, pode reduzir os riscos de doenças cardíacas fatais, e ajudar a diminuir o colesterol ruim (LDL). Além disso, as dietas vegetarinas podem ser enriquecidas com macadâmias, que são também uma fonte saudável de gordura não saturada, cálcio e proteína". No entanto, seu valor calórico é alto. A cada 30 g são encontradas 210 calorias.